Quando era pequena havia um ritual que sempre me deu um sono terrível : a separação das meias por pares e consequente arrumação.
A minha mãe passava aquilo que me pareciam horas neste ritual. A minha participação cingia-se aos dias em que me portava mal.
O acto de separar meias sempre me pareceu uma tremenda perda de tempo, principalmente porque mal as conseguia distinguir. Umas eram pretas ,as outras também. Invariavelmente eram de cano alto.
Como é que se descobriam os pares? Umas eram caneladas com riscas ligeiramente mais grossas, outras eram 1 cm mais altas que as outras...umas eram azuis muuuuuiiitooo escuras, só se notava a diferença colocando-as ao lado de meias pretas com uma luz forte apontada directamente. A não ser que a pessoa fosse para um interrogatório, nunca se conseguiria ver qual era qual.
A minha vontade era sempre de ir juntando pares da mesma cor aleatoriamente com a esperança de não sobrar nenhuma meia no fim. O problema era quando a minha mãe estava ao lado e deixava de encontrar pares... Lá voltava tudo ao início..
Desde o momento em que tive de participar neste ritual que decidi: quando tivesse a minha casa as meias íam ser distrubuídas aleatoriamente.
Promessa cumprida. OK, confesso. Nunca me dei ao trabalho de separar as meias por cores/forma/tamanho ou textura. Temos as meias todas num cesto e vamos tirando aleatoriamente meias da mesma cor.
Se o método funciona? Claro que sim! Se às vezes é difícil encontrar um par? Talvez. O que fazemos quando começa a ficar difícil encontrar pares? Ora essa!! Compra-se meias novas!
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