domingo, 21 de outubro de 2012

Supermercado no Domingo


Não sou pessoa de sair de casa desarranjada. Sou incapaz de pôr um pé fora de casa, mesmo que seja para ir ao lixo, de pantufas ou roupão. Também não me arranjo muito, mas pelo menos vestida, calçada e minimamente penteada tenho de estar.
Hoje de manhã tive de ir ao supermercado e confesso que saí de casa a correr.
 Fui vestida e calçada, claro, mas estava completamente despenteada e com cara de quem tinha acabado de acordar.

"Que terror...", pensei : "e se encontro alguém conhecido no supermercado? Que vergonha..."
Mas estava quase a chover, o céu bem escuro com pinta de trovoada e não tive coragem de voltar atrás.

Lá segui, a tentar convencer-me que não estava assim tão mal.  

Assim que entro no supermercado senti-me a Cinderela do baile. Jasus!! Como é que é possível?
Aqui fica uma lista com algumas coisas que encontrei:


  1. Duas pessoas de pantufas
  2. Uma senhora com o fato de treino do marido
  3. Um senhor com um fato de treino que poderia muito bem ser um pijama
  4. Pelo menos 5 pessoas que me faziam sentir a pessoa mais penteada à face da Terra
  5. Uns quantos com remelas nos cantos dos olhos

Agora só pergunto ... como é que andarão vestidos em casa? Com sacos de batatas amarrados à cintura e meias furadas com o dedo grande a espreitar?




sábado, 20 de outubro de 2012

A criança

Todas as mulheres têm, durante a sua vida, uma série de objectivos que lhe são praticamente impostos.
A mulher não pode só ser mulher.
Se está solteira : "Então, não arranjas um namorado?"
Se tem namorado: "Então, e quando se casam??"
Quando acabam de casar: "Então e uma criança??"
Quando vem a criança : "Agora têm de lhe dar um irmãozinho!!"
Quando já não está na idade de ter crianças : "Agora é esperar pelos netinhos!!"

Eu estou na fase pós casamento. Aquela fase em que as alianças ainda brilham de tão recentes que são e não se fala noutra coisa senão da criança. Acho graça ... tanta conversa quando era nova para ter cuidado com os rapazes, e vê lá o que fazes, nada de beijinhos! Agora o meu útero anda na boca do povo.

Sabem quando tempo depois de nos casarmos veio a primeira pergunta da criança? Cerca de 3 minutos depois, ainda nem tinha comido o primeiro pedacinho de comida no cocktail. E a segunda? Entre o primeiro e o segundo pedaço.
Só quando me viram beber a terceira caipirinha é que desistiram, provavelmente com medo que a criança viesse já com os copos...

terça-feira, 15 de maio de 2012

O piropo foleiro

É verdade que as pessoas gostam de receber elogios. Toda a gente gosta de saber que tem uma roupa bonita ou que está com bom ar.

É verdade também que os elogios têm sentido quando são feitos por pessoas que nos conhecem, não por estranhos com um ar assustador.

Noutro dia no supermercado estava calmamente a escolher o pão (tarefa super sexy, não haja dúvida) e uma criatura passa por mim e balbucia qualquer coisa como :"Hmmmm ... o que te fazia".

O que me fazia? Eu digo logo o que ele me faria. NADA. E se o tentasse fazer levava um estalo com tamanha força que daria para recriar a famosa cena d´O Exorcista.

O que é que os homens acham que esses comentários vão fazer? Acham mesmo que uma mulher depois de ouvir tamanho grunhido vai correr na sua direcção a dizer :"Ohh sim, por favor! Leva-me contigo!!".

Tenho uma grande amiga, a Sofia, que teve aquela que acho a melhor resposta até hoje a um piropo idiota.
Ora estávamos nós no carro à Porta de uma Kapital a parecer o Saara a decidir para onde ir, quando pára um carro ao nosso lado com 3 criaturas lá dentro. Abrem a janela e dizem, com uma confiança inversamente proporcional ao bom aspecto que tinham (eram mesmo MUITO confiantes...) :"Então, não querem ir para nossa casa?". Resposta pronta da Sofia, em tom demasiado irónico para conseguir descrever : "Claro, era MEEESMO isso que nos apetecia, ir para casa de uns tipos que não conhecemos de lado nenhum".
Parte mais engraçada ... eles acharam que queríamos mesmo ir...

Isto tudo para dizer ... se a melhor coisa que têm para dizer é : "Hmmm ... o que te fazia...", façam um favor a vós próprios e calem-se, o efeito é o mesmo e escusam de levar com a cara de nojo que provavelmente vos espera...

O shopping ao Domingo

Neste Domingo fui ao shopping logo pela manhã fazer umas compras.
Num intervalo de cerca de 5 minutos vi:

- Mãe a arrastar filho gritante pelo braço um corredor inteiro

- Mulher a parar no meio desse mesmo corredor para tirar ponto negro da testa do namorado/marido

- Tipo aí pelos 30 com ar de quem estava à procura de uma After e por acaso foi parar ao shopping

- Casal aos gritos à porta do hipermercado a discutir sobre tarefas domésticas


E eu que só lá fui comprar seitan ...

O peso e contrapeso ...

Este é dedicado a todas as mulheres que comem tudo aquilo que querem e nunca engordam uma grama : odeio-vos.

Tenho dito.

sábado, 5 de maio de 2012

A noite do velhinho

Ontem à noite fui ao Bauhaus. 
É extremamente estranho dizer isto, visto nunca ter sido fã nem frequentadora assídua do espaço.
Outro elemento importante : era noite do rock ... e não gosto lá muito deste tipo de música.

Pergunta fácil : porque é que foste? Porque precisava de espairecer e tinha lá duas grandes amigas que transformam qualquer espelunca no sítio mais divertido de sempre.

Ora eu nunca tinha ido a uma noite do rock e basicamente passei a noite a olhar em volta a ver o que se passava. Felizmente para mim numa noite do rock passa-se muita coisa.

Havia o Sr. de 60 anos vestido como se tivesse 40, a dançar de copo na mão e a olhar em volta em modo predador, o grupo de senhoras perto dos 50 a dançar daquela forma característica que só elas sabem fazer, o grupo do pessoal dos 30s que adorava a música e usava partes do corpo como guitarra ... 

Confesso que para mim foi tudo muito estranho. É verdade que não suporto discotecas cheias de miúdos alcoolizados até ao dedo mindinho do pé, mas esta modalidade também não me atraiu muito.

Numa certa altura acho que me cheirou a naftalina...

domingo, 29 de abril de 2012

É hoje!!

Pois é. É hoje. É hoje o dia em que o homem mais talentoso, inteligente, trabalhador, amigo, bonito (podia ficar aqui horas...)que conheço faz anos! Muitos parabéns Baby. Venham pelo menos mais 66! :)

sábado, 28 de abril de 2012

A vergonha no supermercado

Hoje de manhã fui ao supermercado e deparei-me com um cenário com o qual me identifico : a vergonha na compra de pacotes GIGANTES de papel higiénico.

Geralmente este é um fenómeno mais masculino, mas confesso que também padeço dele.

Toda a gente vai à casa de banho, eu sei. Não há ninguém que não o faça. A Rainha de Inglaterra vai, essas top models todas xpto também vão ... mas há aqui uma grande diferença. Embora toda a gente saiba que essas pessoas também vão, ninguém as vê num supermercado a transportar um saco jumbo de 56 rolos de papel higiénico.

A escolha do papel é qualquer coisa que me suplanta. Hoje em dia há papel colorido, com hidratante, com desenhos, com cheiro...a sério pessoal. É papel higiénico. Não preciso de explicar qual será o seu fim certo? Será que o cheiro a rosas vai alterar alguma coisa? Quanto muito faz reacção alérgica e deixa a casa de banho com um cheiro enjoativo até dizer chega.

Como compradora envergonhada que sou nunca perco muito tempo a escolher. Basicamente passo devagar pelo corredor, olho timidamente para preços, vejo um tamanho que não seja demasiado grande (para não parecer que tenho uma família de 8 com gastroenterite aguda) nem demasiado pequeno (senão tenho de comprar novamente pouco tempo depois) e atiro-o depressa para o carrinho, olhando logo para outro sítio qualquer em busca de um artigo menos vergonhoso.

É parvo, eu sei. Não adianta nada, o papel higiénico está lá na mesma.
Fico à espera de uma altura da minha vida em que possa mandar alguém comprá-lo por mim...

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A crise...

Hoje de manhã fui ao IKEA e vi-o. 
Alto, cinquentão, com ar de quem está bem na vida. Muito esticado, como se estivesse a ver o que se passa à sua volta mas que no fundo quer é que todos o vejam...de capacete de mota enfiado no braço e vestido de cabedal da cabeça aos pés.

É ele. O próprio. O Homem na Crise de Meia Idade (reparem nas maiúsculas, dignificam ainda mais o título).

Achei o máximo. Estava lá, parado, em modo pavão. À espera que todos olhassem para ele.
Tinha ar de quem em toda a sua vida andou tanto de mota quanto eu andei até agora (para que conste, tenho pavor e só ando com o meu mais que tudo a conduzir). A forma desajeitada com que segurava no capacete demonstrava a sua inexperiência nestas lides.  A roupa, nova, com ar de ter sido estreada há pouquíssimo tempo, contribuía para o ar pouco legítimo da coisa.

O pior foi que o Sr escolheu a pior hora para ir ao IKEA. Em vez das milhentas miúdas giras que certamente esperava encontrar, só tinha velhinhos. Velhinhos fofinhos que foram tomar o seu pequeno almoço a 60 cêntimos...








quinta-feira, 26 de abril de 2012

Wating Rings

Não percebo o fascínio pelos Waiting Rings...a sério que não.

Porque é que as pessoas acham que obrigar quem lhes liga a ouvir uma música aos berros pode ser interessante? Mais. Geralmente a escolha musical deixa MUITO a desejar.
Já levei com o "Ai se eu te pego", com o belo do faducho, com José Cid, com Kizomba, com o "Pintinho Piu"...é que não há direito...

Eu sei que a música é universal, quer ser melómano é uma virtude. Mas percebam que muitas vezes há chamadas sérias que se calhar não funcionam muito bem com um Waiting Ring por trás.
Imaginem telefonar para uma casa funerária e ouvirem, enquanto esperam que atendam o telefone, um "Highway to Hell" ou um "Another one Bites the Dust"? ... 

O mais estranho é que estas pessoas não possuem um segundo telefone, logo toda e qualquer chamada que lhes é dirigida leva com a bela da música. Agora vem a dúvida. Será que essas pessoas não trabalham? E não vão a entrevistas de emprego?

O que é que um empregador acha quando liga para um possível funcionário e ouve a kizombada: "Faz amor comigo faz amor comigo ... (como eu já ouvi!!)".

Quer dizer ... se for para contratar alguém para uma casa de alterne/bar de strip, se calhar é a escolha ideal ... 







sábado, 21 de abril de 2012

Comichões e protusões

Serei a única a achar hilariante o ar de felicidade das senhoras que fazem anúncios de cremes para hemorróidas ou fungos vaginais?

http://www.youtube.com/watch?v=t7_662m9yvo

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Frases feitas

Mas que raio de mania que as pessoas desenvolveram de usar imagens pirosas com frases feitas lá "escarrapachadas" no Facebook...
É que não há pachorra.

Vou transcrever uma quantas e comentar uma a uma ... coisa que me escuso a fazer por lá senão qualquer dia não tenho amigos.

"Muitas vezes dou força aos meus amigos mas quem mais precisa de força sou eu" - mentira. Não precisas de força, precisas é de atenção.

"O importante não é convencer com grandes palavras, é surpreender com grandes atitudes" - então em vez de copiares esta mensagem em tamanho XL, faz alguma coisa da tua vida.

"Se quiserem saber coisas más a meu respeito avisem-me, sei coisas terríveis" - basicamente quer dar a imagem de quem não se preocupa com o que os outros pensam, mas quem realmente não se preocupa não se dá ao trabalho de publicar estas mensagens.

"Por vezes, não tenho a certeza se sou eu que estou de mau humor ou se toda a gente é que está a ser irritante" - estás sim com mau humor e é também provável que tenhas muito mau feitio.

"É preciso esquecer e ignorar muitas coisas para poder ser feliz" - é o que tento fazer todos os dias ao evitar ler estas tretas.

"Sinto mais do que demonstro e sei mais do que aparento" - novamente mentira. Se fosses assim tão esperto não precisavas de mensagens feitas por terceiros para explicar o pouco que sentes.

E podia continuar aqui o dia todo...
A sério, se têm alguma coisa para dizer digam logo ... e de preferência sem imagem foleira por trás.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A motinha do amor

Serei só eu a achar estas motas amorosas?
Já por várias vezes comentei com o "agora marido" que achava fofinho os casais velhotes "entalados" nesta moto.

Resposta dele : se gostas assim tanto porque é que não compras uma?





Hei de comprar ... quando formos velhinhos e amorosos.

Hmmm ... é ... diferente!

Quem nunca teve um momento : "Hmmmm ... é ... diferente!" ?

Não sabem o que isto é? Passo a explicar: aquele momento em que vamos jantar a casa de um amigo que decidiu experimentar uma receita nova, toda xpto. Até aqui nada de estranho, certo? Agora visualizem-no horas e horas na cozinha a aperfeiçoar o prato, antecedido de horas à procura dos ingredientes certos. Ainda não adiantei muito ... eu sei. Agora imaginem-se sentados à mesa, a comer a primeira garfada e a sentir um sabor verdadeiramente pavoroso, daqueles que é impossível reagir sem um esgar de descontentamento.

Neste momento o vosso amigo, com olhar esperançoso pergunta : "Então, o que achaste do prato??". E aí sim, vem o : "Hmmmm ... é ... diferente!", na tentativa de não deitar por terra as suas aspirações culinárias sem ter de mentir descaradamente.

Esta expressão tem uma série de possibilidades de utilização.
Há a amiga que comprou uns óculos de sol ESTRANHÍSSIMOS que nem lhe assentam bem na cara, aquele casaco horroroso que não se sabe muito bem como descrever, aquele monumento desinteressante que tomou 2 horas de viagem até lá chegar...

Sempre gostei desta expressão. Acho-a simpática e inofensiva.
Agora LIVREM-SE é de dizer que este post é ... hmmmmm ... diferente!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Meias e afins

Quando era pequena havia um ritual que sempre me deu um sono terrível : a separação das meias por pares e consequente arrumação.
A minha mãe passava aquilo que me pareciam horas neste ritual. A minha participação cingia-se aos dias em que me portava mal.

O acto de separar meias sempre me pareceu uma tremenda perda de tempo, principalmente porque mal as conseguia distinguir. Umas eram pretas ,as outras também. Invariavelmente eram de cano alto.
Como é que se descobriam os pares? Umas eram caneladas com riscas ligeiramente mais grossas, outras eram 1 cm mais altas que as outras...umas eram azuis muuuuuiiitooo escuras, só se notava a diferença colocando-as ao lado de meias pretas com uma luz forte apontada directamente. A não ser que a pessoa fosse para um interrogatório, nunca se conseguiria ver qual era qual.  

A minha vontade era sempre de ir juntando pares da mesma cor aleatoriamente com a esperança de não sobrar nenhuma meia no fim. O problema era quando a minha mãe estava ao lado e deixava de encontrar pares... Lá voltava tudo ao início..

Desde o momento em que tive de participar neste ritual que decidi: quando tivesse a minha casa as meias íam ser distrubuídas aleatoriamente. 

Promessa cumprida. OK, confesso. Nunca me dei ao trabalho de separar as meias por cores/forma/tamanho ou textura. Temos as meias todas num cesto e vamos tirando aleatoriamente meias da mesma cor.

Se o método funciona? Claro que sim! Se às vezes é difícil encontrar um par? Talvez. O que fazemos quando começa a ficar difícil encontrar pares? Ora essa!! Compra-se meias novas!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Trovoada

Não gosto de trovoada.
Tenho medo ... medo não, pavor!

Enquanto o comum dos mortais está dentro de casa a ver a trovoada e a dizer "Ah, que lindo ... viste aquele relâmpago?" Eu estou a ver o meu corpo de cima a baixo a ver se tenho algum objecto de metal que o possa atrair.

Dizem que a probabilidade de uma pessoa ser atingida por um raio é baixíssima, provavelmente para me acalmar. Depois vou ao Dr. Google ver se essa informação é real e deparo-me com a seguinte frase:
"An estimated 24,000 people are killed by lightning strikes around the world each year and about 240,000 are injured."
Ora vamos lá ver ... vamos ignorar os 240000 (!!!!!!) que ficam com lesões crónicas e prestar atenção às 24000 mortes anuais. Ora isto dá uma média de 65/66 pessoas mortas por dia por relâmpagos.


"Oh Diana, que parvoíce ... a trovoada é tãããããão linda!!" É é!! "Diana, é quase impossível seres atingida por um relâmpago!!". Será que os amigos dos 24000 que DE CERTEZA que nunca iriam apanhar com um relâmpago também lhes disseram isso?

Pelo sim pelo não fujo. Se estou na rua e começa a trovejar tenho como instinto pegar na mala e pô-la em cima da cabeça. Clássico e extremamente útil. É mais que sabido que qualquer mala de mulher funciona como para-raios...

Quando tenho estas crises fóbicas as pessoas perguntam-me porquê. PORQUÊ?? Porque é que eu tenho medo de levar com um raio de 100 mil volts na cabeça? Não sei ... se calhar porque o meu cabelo pode ficar com electricidade estática e incontrolável ... Porque posso morrer!!

E haverá forma mais parva de morrer que com um raio na cabeça e de cabelo em pé?

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Fui aos Ídolos e não passei ... porque será??

Ontem foi noite de Ídolos. Melhor ainda. Ontem foi noite de cromos nos Ídolos.

Toda a gente que acha esta fase interessante tem de dar os louros à família e amigos dos concorrentes.
De certeza que já pensaram : "Como é que ele/ela acha que canta alguma coisa??". Logo a seguir entra a mãe/pai/avó/amigo em cena e o mistério fica resolvido.

É sabido que estimular a auto-estima dos que nos são próximos é bom. Torna as pessoas mais confiantes, determinadas e crentes nas suas capacidades. Agora estimular talentos que não existem numa era em que a exposição pública é constante ... má ideia.

Com programas televisivos em busca de novos talentos por todo o lado, com o youtube, com redes sociais, as pessoas deviam ser mais ciosas daquilo que apresentam em público. É claro que para isso é preciso terem noção do que fazem e como o fazem.

E voltamos aos Ídolos ... o típico cromo (o verdadeiro, não é aquele que vai lá só para ser engraçado) é aquele que julga REALMENTE que tem talento. Aquele que tem a mãe e a avó do outro lado da porta de ouvido encostado a chorar baba e ranho de orgulho, que é humilhado pelo júri sem saber porquê :"Mas os meus amigos acham que eu canto tão bem!!", "Mas ganhei o concurso de karaoke de Freixo de Espada à Cinta (organizado pelo tio, pois claro)".

Seria de pensar que depois da humilhação tivessem um momento de introspecção. Que ponderassem aquilo que lhes foi dito e começassem a realizar que realmente o talento ali não abunda.
Mas não...
Assim que saem, ou em prantos ou em modo furioso, têm uma legião de apoiantes que lhes dizem que o júri não percebe nada, que continuam a ser os maiores e que ainda vão ter uma carreira artística internacional.

É triste. Quer dizer, mais ou menos.
Eu continuo a achar imensa graça.

Mensagens em cadeia

Lembro-me desde pequena das mensagens em cadeia.
Antes de existirem sms/emails estas mensagens apareciam por carta. Basicamente recebia-se uma carta com uma história longa e sem sentido, que culminava num castigo caso não se fizessem N cópias da carta à mão para entregar ao mesmo número de pessoas.

Com o passar do tempo a tecnologia evoluiu. Em vez de recebermos uma cartinha escrita à mão, somos bombardeados com mensagens e emails que contam histórias cada vez mais ridículas e terminam num castigo que não lembra a ninguém.

Há a história da menina que por não ter passado o email/mensagem a 20 pessoas precipitou a morte da sua família; há aquele que por não ter enviado ficou pobre, careca, sem dentes e com a vida sexual de um reformado sem-abrigo...vê-se com cada coisa que só me faz pensar: "Quem é que acredita nesta treta??".

Infelizmente pela quantidade de mensagens e emails que ainda recebo com esta ladainha, muita gente...

A sério. Não percebo. Acham MESMO que por reenviarem um email/mensagem vão conseguir melhorar a vossa vida e ter mais sorte? O mais provável é irem a conduzir quando os recebem e ainda têm um acidente...

Deixo aqui então o apelo. Se realmente acreditam em mensagens em cadeia, aproveitem e divulguem esta. Se por acaso ganharem o Euromilhões, a minha comissão é 10%.

domingo, 15 de abril de 2012

Lua de Mel, Lua de Mel

Não resisto, vai mesmo ter de haver um momento lamechas. Vou tentar que seja filho único.
Tenho de dizer que as duas semanas que incluíram o nosso recente casamento e a lua de mel foram das melhores vividas até hoje.

Amigos, família, e muito muito amor.

Agora começou a melhor parte. Se continuar tão feliz como estou agora garanto que nunca mais peço nada.

Tenho dito!

sábado, 14 de abril de 2012

Desabafo

Serei só eu a ficar com um misto de urticária e náusea quando ouço os anúncios da Depuralina na rádio?...

Quando a cabeça não tem juízo... o pé é que paga!

Desde miúda que tenho um grande trauma.

Segundo consta, os meus pés deveriam pertencer a um corpo com cerca de mais 25 cms que o meu. Ou seja, tenho uns pés que nunca mais acabam.

Desde a mais tenra idade ouço toda e qualquer piada associada a pés grandes: "Se fores para a tropa podes dormir de pé!!", "Se fores para a neve sai-te mais barato porque não precisas de alugar skis (ou a mesma anedota mas versão aquática)", "Pode vir vento forte que tu nunca vais cair!!"

Estas são só algumas que tenho no meu repertório. Podia ficar aqui horas a contá-las, mas era demasiado deprimente.

No meio disto tudo tentei focar-me sempre nos aspectos positivos. Nos saldos geralmente os sapatos 41 são aqueles que sobram, logo consigo comprar sapatos bem mais baratos ... hmmm ..e é tudo...

Por falar em sapatos, só quem calça mais de 39 vai perceber este drama. Muitas vezes olho para sapatos lindos e maravilhosos, com lacinhos, ou uma fivela fantástica. Naturalmente quero experimentar. O primeiro drama é saber se eles FAZEM esse sapato no número 41. Nas raras vezes em que fazem, a empregada vem com a caixa na mão, toda bonita, afasta o lindo papel e assim que olho para o sapato só tenho vontade de fugir. Aquele objecto lindo, maravilhoso, com um laço amoroso ou fivela fantástica transformou-se num barco com um laço de tamanho inenarrável, digno apenas do pé de um travesti...

"Pronto ... não compra sapatos bonitos mas ao menos com uma base de sustentação daquelas é quase impossível caír!"  Mentira. Com uns pés deste tamanho o que geralmente acontece é que se tropeça nos mesmos o que aumenta exponencialmente a hipótese de queda.

Sapatos feios, quedas constantes, anedotas sem graça nenhuma ... oh well ... a grande vantagem foi que com uns pés deste tamanho nunca ninguém reparou na minha cabeçorra!

sexta-feira, 13 de abril de 2012

A (des)educação infantil

Eu sei, sou suspeita. Não tenho filhos.

Calculo que ter filhos seja uma experiência maravilhosa, que todas as prioridades mudem, que tudo o que um filho faça seja lindo e fantástico e que a vida nunca mais volte a ser a mesma.

Acredito também que ter filhos faz aos pais o mesmo que faz ao comum dos mortais viver a 5 metros da linha do comboio - torna-os insensíveis ao som.

Adoro quando os pais decidem marcar uma posição e ensinar aos filhos que a berrar nada se consegue. Adoro ainda mais quando o fazem dentro de um local público com cerca de 10 m2.

Melhor que isso só os fins de semana em família passados no shopping, com os pais a dar "bofardões" aos filhos a cada 5 metros e a gritar entre agressões. Ou então os miúdos entalados nos carrinhos de compras a gritar e a projectarem-se para os lados numa tentativa falhada de possível suicídio...

Qual pílula, qual preservativo ... Continuo a achar que não há melhor contraceptivo para um jovem casal que ir passar férias a um hotel onde os miúdos até 5 anos não pagam...

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Estou tão bem na caminha, só mais 5 minutinhos!!!

Toda a minha vida aspirei ser aquela pessoa que acordava de manhã linda e esplendorosa, de sorriso de orelha a orelha, cabelo ao melhor estilo "despenteado sexy" e pronta para enfrentar o dia com um optimismo contagiante.


Depois cresci e apercebi-me que não podia estar mais longe dessa realidade (se é que ela existe...).


Para conseguir acordar tenho de activar 5 alarmes (sim, 5). Começam cerca de uma hora antes da hora que realmente tenho de acordar. Porquê? Porque gosto de ter a sensação de acordar e saber que ainda tenho mais uns minutinhos para dormir...


Quando finalmente acordo entra o modo neandertal (com grunhidos e penteado a condizer), que só termina quando chego ao banho.


Serei só eu a padecer deste problema? Haverá por aí gente que consegue alcançar naturalmente o que eu tanto almejei ou será essa imagem fruto de demasiados filmes com tipas demasiado penteadas e maquilhadas?


De qualquer das formas lá continuarei em busca do meu Santo Graal ... ou isso ou tiro os espelhos lá de casa!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Mórbido? Nããão!! Apenas curioso!

O fenómeno dos acidentes de viação não pára de me surpreender.

Toda a gente se queixa que demora uma eternidade a chegar a casa/trabalho, que as filas de trânsito são intermináveis e umas gastadoras absurdas de combustível.
Giro é pegar nessas mesmas pessoas e colocá-las perto de um acidente de viação. Automaticamente se esquecem da pressa que têm para chegar onde quer que seja e fazem questão de passar BEEMMM devagarinho perto do acidente. Abrandam, esticam o pescoço, abrandam mais um bocadinho...

Há quem se defenda dizendo que está a olhar porque está preocupado. Tretas! Se estivessem realmente preocupados paravam o carro para ver se alguém precisava de ajuda, não ficavam a olhar pela janela com um fio de baba pendurado no queixo à procura da mais pequena gotícula de sangue, para depois chegarem a casa e dizerem em tom horrorizado "Ai que vi um acidente terrível na auto-estrada ... acho que alguém se magoou porque estava sangue no chão!"

Melhor ainda é o trânsito no sentido contrário em que se deu o acidente. Esse então é uma delícia. É a altura em que o condutor de pescoço mais comprido tem nitidamente uma vantagem em relação aos outros...

Às vezes pergunto-me ... será que espreitam tanto porque estão à procura de um souvenir? ... Creepy!!

terça-feira, 10 de abril de 2012

O Homem ... esse bicho estranho

Todas nós já namorámos.
Vivemos momentos de paixão assolapada. "Ai que ele é tãããão lindo!!", "Cheira tão bem!!", "Anda sempre tão arranjadinho!", "É um romântico".

Agora só aquelas que já começaram a viver com o namorado/marido é que vão perceber esta segunda parte.

A partir do momento em que se partilha a casa com o namorado a visão de perfeição que tanto eles como nós tentamos passar começa a saír um bocado furada...
No primeiro mês ainda há aquele esforço hercúleo de fazer de conta que é natural andar sempre de cabelo penteado, de roupa arranjada e impecavelmente perfumado. Todos os dias se cozinha uma comida diferente e há sempre programas engraçados para completar o dia.

Depois vem o cansaço ... o cabelo se calhar de manhã já anda no seu modo natural "parece que vi um monstro", a roupa de "andar por casa" começa a aparecer do fundo da gaveta, começa-se a repetir pratos no menú ... e, chamem-me sádica, começa a minha parte preferida.

Só quando permitimos que nos vejam no nosso modo "selvagem" e aceitamos o nosso par exactamente da mesma forma é que conseguimos ser realmente felizes.

Há coisa melhor que andar em casa com uma meia de cada nação, o cabelo todo "esguedelhado" a comer pela segunda vez na semana douradinhos com esparguete, com pessoa que mais gostamos do nosso lado?

Duvido!

Ai que boniiiiito que ele(a) é!!!

Recém-nascidos.
Lindos? ... Tenho as minhas dúvidas!

Toda a gente se rende quando vê um recém-nascido. "Ai que lindo que ele é!!!", "Tão parecido com o pai!!", "Ai que sorrisinho mais lindo!", "Tem os olhos da mãe!!"

Serei só eu a achar que os recém nascidos são estranhos?? A grande maioria, claro, como em tudo há excepções que confirmam a regra, pois claro.
De qualquer das formas o típico recém-nascido parece saído de um filme do Alien. Os de parto normal até têm a cabeça ovalada a confirmar o título. Corpinhos franzinos, meio engelhados, aquele olhar perdido de quem ainda não consegue focar um elefante a 1 metro, os gestos desajeitados. De uma forma geral são parecidos é com eles, que nem dá para perceber bem para que lado tendem as feições...

Acredito que digam que o recém-nascido tem o potencial para, num futuro próximo, se transformar num bebé adorável.

Agora por favor, não me obriguem a dizer que são todos tãããããããão liiiiiiindddooooosssssss que eu não me aguento...

Chover ou não chover? Eis a questão!

O povo português queixa-se de TUDO. Pronto. Tenho dito.

É verdade! Se trabalha muito fica cansado, se trabalha pouco chateia-se. Se tem filhos não tem tempo para si, se não tem filhos vai morrer sozinho. Se o telemóvel toca duas vezes já não o pode ouvir, se fica sem rede o serviço é uma bosta, "logo hoje que tinha aquela chamada tão importante!"
Em relação ao tempo o espírito mantém-se. "Ah e o camandro, não chove ... que chatice". Começa a chover : "Possa, não se pode andar na rua com este tempo!"

Epah, decidam-se caramba! Eu confesso que me insiro um pouco na demografia porque sinto que também possuo o gene do "eterno insatisfeito", mas vou tentando mudar...
Se se querem queixar, façam-no de coisas que podem realmente mudar e perante as entidades competentes!
Quantas vezes estou no balcão de uma empresa a ser atendida e tenho alguém insatisfeito com o serviço que lhe está a ser prestado a virar-se para mim, entre sopros a dizer : "Já viu isto?? Inacreditável!! Paga uma pessoa um serviço para ter este atendimento!! Impossível!!"

Ora nem eu sou psicóloga (e se fosse nunca trabalharia à borla) nem tenho ASAE escrito na testa, por isso tento sempre indicar à pessoa a solução mais óbvia (livro de reclamações ou chatear outra que se interesse realmente por aquilo que estão a dizer).

O resultado é sempre o mesmo. Gritam com quem não tem nada a ver com isso e reclamações propriamente ditas ... nada!

Por isso volto a dizer : o povo português queixa-se de TUDO ... e não resolve nada ...
E esta chuvinha, hein?

Os portugueses e o português

Não, não vou falar do novo (des)acordo ortográfico que tanta tinta tem feito rolar nas páginas das publicações nacionais.
Vou falar de um problema anterior ao dito que me dá urticária só de pensar : erros ortográficos.

Ora eu ainda sou do tempo em que na escola primária fazíamos ditados, ditados esses corrigidos um a um à frente de todos os colegas com direito a palmada por cada erro cometido.
Sim, era um método um bocado bárbaro, confesso, mas a mistura explosiva de vergonha de errar à frente dos colegas e medo de apanhar uma palmada fazia com que tivéssemos mais cuidado na forma como escrevíamos. Para além disso cada erro ficava bem marcado na nossa memória (e às vezes na bochecha também), logo quando a palavra aparecia novamente já sabíamos como a escrever.

Fico verde quando vejo "cês" cedilhados antes de E e I (o exemplo mais crítico disso é o voçê, que me dá comichão no esófago...), palavras separadas por hífen indevidamente (fize-mos, tive-mos, pode-mos), "esses" e "cês" trocados à força toda (pasiência, cançado...)...

Pessoal, "bora" começar a escrever como pessoas civilizadas! Parem de utilizar os diminutivos dos sms (onde qualquer s ou c é substituído por um x) e comecem a dar às palavras a dignidade que merecem.

O povo agradece. Agradece, não "agradeçe", boa?


O Blog

Este é um blog sobre tudo e sobre nada.
Sem nenhuma temática exclusiva e um escape para as agruras do dia-a-dia!
Espero que se relacionem com os temas e que sugiram temas novos para debater.

Beijinhos a todos