terça-feira, 10 de abril de 2012

Os portugueses e o português

Não, não vou falar do novo (des)acordo ortográfico que tanta tinta tem feito rolar nas páginas das publicações nacionais.
Vou falar de um problema anterior ao dito que me dá urticária só de pensar : erros ortográficos.

Ora eu ainda sou do tempo em que na escola primária fazíamos ditados, ditados esses corrigidos um a um à frente de todos os colegas com direito a palmada por cada erro cometido.
Sim, era um método um bocado bárbaro, confesso, mas a mistura explosiva de vergonha de errar à frente dos colegas e medo de apanhar uma palmada fazia com que tivéssemos mais cuidado na forma como escrevíamos. Para além disso cada erro ficava bem marcado na nossa memória (e às vezes na bochecha também), logo quando a palavra aparecia novamente já sabíamos como a escrever.

Fico verde quando vejo "cês" cedilhados antes de E e I (o exemplo mais crítico disso é o voçê, que me dá comichão no esófago...), palavras separadas por hífen indevidamente (fize-mos, tive-mos, pode-mos), "esses" e "cês" trocados à força toda (pasiência, cançado...)...

Pessoal, "bora" começar a escrever como pessoas civilizadas! Parem de utilizar os diminutivos dos sms (onde qualquer s ou c é substituído por um x) e comecem a dar às palavras a dignidade que merecem.

O povo agradece. Agradece, não "agradeçe", boa?


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